Instituto Pensar - Socialistas reagem à nota das Forças Armadas contra a CPI

Socialistas reagem à nota das Forças Armadas contra a CPI

por: Mariane Del Rei


Fotos: Agência Câmara

Parlamentares socialistas se manifestaram contra o posicionamento das Forças Armadas diante à CPI da Pandemia do Senado. O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), escreveu no Twitter que "quando as Forças Armadas se envolvem com um governo como não deveriam? passam a ter que responder por tal atitude.

O líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSB-RJ), destacou que "o Poder Legislativo não pode ficar de joelhos, tem que reagir?. O socialista ainda falou que "todos envolvidos em desvios devem ser investigados e punidos?.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB-MA)m declarou nas redes sociais que a "nota militar contra o presidente da CPI do Senado, Omar Aziz, foi desproporcional e abusiva?.

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) comentou que "não é o senador Omar Aziz que desrespeita as Forças Armadas?, e sim, "generais como Pazuello e capitães como Bolsonaro, que são uma vergonha para a Nação?.

O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) disse nas redes sociais que "lugar de militar é no quartel?.

O deputado Elias Vaz indagou se as Forças Armadas "pensam que estão acima da lei?.

Forças Armadas prometem reação "mais dura?

Criticados por grande parte do Congresso Nacional, integrantes da cúpula das Forças Armadas prometem uma reação "mais dura?, caso a CPI da Pandemia volte a fazer citações a suspeitas de corrupção envolvendo militares. Membros das Forças ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, afirmaram que "não aceitarão serem desrespeitados? pela CPI e que as próximas manifestações podem ter respostas mais críticas. Eles não detalham, porém, quais respostas seriam essas.

A expectativa da cúpula militar é que, após a manifestação pública de ontem, integrantes da CPI pensem duas vezes antes de fazer qualquer menção entre a instituição e as denúncias de corrupção na Saúde, que estão no centro das investigações. O presidente da comissão, o senador Omar Aziz, foi claro em dizer que suas declarações se referiam a alguns integrantes das Forças Armadas que atuam no governo, e não à instituição. 

Os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica não só referendaram como também participaram da elaboração da nota publicada ontem pelo Ministério da Defesa, em repúdio às declarações de Aziz sobre corrupção entre parte dos militares. O presidente Bolsonaro também passou boa parte do dia focado na articulação da resposta à comissão.

Aziz reagiu publicamente e disse que o ato é uma tentativa de intimidação ao Senado. Posteriormente, afirmou que não vai mais se manifestar sobre o caso. Durante o depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística, Roberto Ferreira Dias, nesta quarta-feira, Aziz disse que "os bons das Forças Armadas devem estar envergonhados? pelo envolvimento de militares nas suspeitas de negociações de vacinas do Ministério da Saúde.

Ontem, Dias atribuiu ao ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, a responsabilidade da compra de imunizantes na gestão do general Eduardo Pazuello. Hoje ambos ocupam cargos no Palácio do Planalto.

Com informações do jornal O Globo



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